"A ideia é que o museu e o seu público vão construindo um percurso conjunto através da história da arte no século XX: "
(Jean-François Chougnet)
(Jean-François Chougnet)
O museu: MuseuBerardo.com
A colecção:BerardoModern.com
BerardoCollection.com
O coleccionador: Joe_Berardo
Ontem, dia 25 de Junho passados 9 anos da abertura, em 1999, do primeiro museu de arte contemporânea, Serralves, a abrir em Portugal, surge o segundo, o Museu Colecção Berardo de Arte Moderna e Contemporânea, desta vez localizado na zona de Lisboa, mais propriamente no CCB, Centro Cultural de Belém. Nos cerca de 8 mil metros quadrados de dimensão, encontram.se nesta exposição, que irá ter lugar até ao dia 17 de Novembro, podem encontrar.se 245 das 863 obras da colecção Berardo distríbuidas, por movimento artítico, ao longo de sete núcleos:
- Surrealismo: aquele que é o maior espaço inferior encontra.se submetido a este
movimento. Aqui podem encontrar.se obras de Picasso, Miró, Arshile Gorky entre outros;
- Minimalismos, com pinturas e esculturas compostas por poucos elementos visuais criando uma envolvência com o espectador inesperada, neste núcleo encontram.se obras de Donald Jud, Dan Flavin entre outros;
- Autonomia, espaço especialmente direccionado para outra arte, a fotografia, sendo esta
feita apenas por mulheres, Nan Goldin, Cindy Sherman e a portuguesa Helena Almeida;
- Figura Reinventada, mais uma vez dedicado à pintura com especial destaque para a
existência da figuração neste tipo de arte do século XX, e na qual figuram nomes de artistas como Bacon, Balthus e a também muito conhecida Paula Rego; por úlimo
- O Poder da Cor, espaço alegre e vivo, embora dotado de dimensões menores, no qual a cor é sem dúvida senhora e rainha do ambiente. Aqui encontram.se expostos alguns trabalhos de artistas como Piet Mondrian ou Pedro Cabrita Reis;
- A Arte Pop, espaço amplo, necessário até devido às dimensões das obras, em que mais uma vez se fazem sobressair as cores fortes. Podem aqui ser encontrados exemplos da pop arte de Andy Warhol.
- Re-Take, neste último núcleo, é celebrada, por meio de fotógrafos contemporâneos, uma forte ligação à utilização da memória, temática em muito responsável pelo forte apelo aos sentimentos e vivências de cada um dos visitantes. Boltanski e Jorge Molder são os autores dos trabalhos expostos neste espaço.
Com uma localização estratégica e sem dúvida bastante bem pensada, com um espaço amplo de visual simples e limpo mas ainda assim bastante bem aproveitado, com uma divisão das obras através dos diferentes movimentos artíticos bastante bem conseguida, com um sistema de inauguração que compreende as necessidades bem como o modo de pensar e agir do público português, o Museu que até 2016 servirá de casa à totalidade das peças da colecção Berardo, pode ser considerado não só como um passo para mudanças futuras no que concerne aos hábitos culturais e de cultura dos portugueses mas principalmente como uma oportunidade única de visionar de perto grandes obras intemporais e grandes nomes da arte dos séculos XX e XXI.
É desde já considerado nota 5, nem que seja apenas pela iniciativa!
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